terça-feira, 30 de agosto de 2011
li-ber-da-de
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Ahhh, a constelação de escorpião.

Por esses dias, dá pra ver a constelação de escorpião bem de pertinho. Eu não sei porque é que raios eu tô falando isso. Mas, hoje à noite, se você levantar a cabeça para o céu e conseguir avistar uma estrela avermelhada, pare algum tempo e admire-a. E então admire toda a constelação – é uma das minhas preferidas.
Não vou me ater a descrições técnicas, mas deixo um link legal e resumidinho: http://www.observatorio.ufmg.br/dicas02.htm
Olhe, se você puder, hoje à noite, beba um conhaque, acenda um cigarro, ou um incenso, sei lá, queima alguma coisa, beba alguma coisa, trague qualquer coisa, nem que seja sua própria sobriedade. Mas olhe para cima e perceba que tem um universo inteiro, muito maior que você.
Um universo inteiro acima do seu senso de superioridade, ou inferioridade, se for o caso; acima das suas convicções, dos seus posicionamentos, das suas pretensões, dos seus medos pueris; dos seus conflitos, sejam eles internos ou externos; acima da sua fome e sede, sejam elas ideológicas e/ou físicas...
E antes que esse texto se torne uma autoajuda fodido, olhe para o céu e veja a constelação de escorpião....
Vanessa Daiany
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Desabafo
Olha, vou dizer uma coisa, eu tenho praticamente vinte anos, escrevo assim, por extenso, vinte anos, duas décadas. Meu avô materno escutava Cartola. Ponto. É só isso que eu tenho pra dizer. Eu gosto é de Cartola. Eu não acredito em Deus, meu livro de cabeceira é uma auto-biografia de Glauber Rocha. Eu nem sei se auto-biografia tem hífen, e não quero saber, porque eu não sei escrever e não tenho a mínima vontade de aprender. Eu gosto é de Astronomia. E, ao contrário do que muita gente pensa, não me considero niilista, nem marxista, nem comportamentalista, nem nenhum desses istas que usam pra definir o indefinível.
Eu gosto disso, gosto de puxar aquele “Esconderijos do Tempo” do Quintana da minha prateleira, de madrugada, pra ler “seiscentos e sessenta e seis”.
O que eu não gosto, o que não me desse à garganta, é essa geração, que é a minha geração, praticamente, colorida, querendo implantar a pseudo revolução dos coraçõezinhos partidos. A geração que lota as prateleiras nas livrarias com um monte de livros de estórinhas chulas de vampirinhos modernos. Que conhece duas frases de Clarice Lispector. E que ouve porcaria. E que se dane se eu ando sendo moralista e preconceituosa, mesmo dizendo que eu detesto moralismo e preconceito.
Meu avô materno ainda escuta Cartola. E eu tenho vinte anos. E eu ando lendo Hemingway, então não me peçam pra ser complacente, de jeito nenhum....
Vanessa Daiany.