A primeira música do Nirvana que me deixou enlouquecida, eu deveria ter uns 13 anos e, a essa época, me achava uma verdadeira contraventora do sistema e suas imposições, foi Love Buzz. É, Love Buzz, e não Come as you are ou Smells like teen spirit, como é costume.
Acho que eu já cresci gritando: “ can you feel my love buzz?”
Àquela época, e ainda hoje, o tal zumbido de amor, que não poderia ser sentido, não era uma amor direcionado especificamente a alguém, nunca foi. Era o meu amor reprimido ao que, muitas vezes, julgaram incompreensível.
Meu amor à física quântica de Bohr, e, ao mesmo tempo, à dramaturgia de Molière, a exemplo.
Disso eu sinto falta: do conhecimento pelo conhecimento, e tão somente pelo conhecimento. Não aquele conhecimento com fim exclusivamente lucrativo. Sinto falta do tal Love buzz...
Na faculdade, eu vejo pessoas fazendo engenharia pelo status da engenharia, e não porque a engenharia, como ciência, te fornece meios para facilitar a vida cotidiana...
A gente forma um bando de babacas de terno, o tempo inteiro... e isso não só assusta, como dói.
Can you feel my Love buzz?
Vanessa Daiany.
Viva a hipocrisia da era a informação quando o que importa são títulos...
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