sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A-religião.

E se nós vivêssemos em uma sociedade sem religiões?

A idade média, a exemplo, nunca teria existido e, conseqüentemente, o aprisionamento do pensamento Greco-romano pela igreja católica, por mais de 10 séculos, não teria sido efetivado. Certamente, estaríamos indo a lua de táxi.

Ainda em se tratando de idade média, inexistiria o pretexto religioso para as cruzadas, e cerca de 9 milhões de pessoas não seriam dizimadas. Sem cruzadas, sem Jihad. O islamismo e o catolicismo não existiriam, e então conflitos econômicos não seriam justificados pela defesa a uma entidade superior e inquestionável. Quem sabe o conceito de inquestionável até sucumbisse ao desuso, ou, numa hipótese mais otimista, simplesmente nunca teria sido criado.

O protestantismo nunca teria nascido e conflitos, como entre católicos e huguenotes, na França; ou mesmo a própria Guerra dos Trinta anos; e tantos outros, não teriam nenhum tipo de fundamento.

Inexistiria o conformismo com a desigualdade numa sociedade de castas indiana. Ou, quem sabe, não existiria uma desigualdade tão acentuada, por não existir castas...

A matemática egípcia teria um direcionamento muito mais racionalista; o escravismo africano não teria ganhado força...

E talvez eu não precisasse pensar que esse texto teria mais uma infinidade de justificativas que não caberiam aqui.

E se as religiões não existissem?

Vanessa Daiany.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

lixeratura

Ultimamente, meio que de súbito, nas cadeiras dos ônibus, uma multidão de viajantes com livros em punho. Pasmem. Eu aqui pensando que a revolução cultural, por fim, tinha chego, acendi até velinha pra Bukowski... O problema é que eu quase me esqueci de reparar nos títulos dos livros nos punhos dos andantes de ônibus....

Chuva de Stephanie Meyer, Mag Cabot, Barbara Pease e mais uma porção de lixeratura-auto-ajuda-romancinho-de-otário. Perdão à galera que lê e que gosta, mas esse tipo de narrativa é tão vazio, tão clichê, tão lugar-comum, tão sem nenhuma contribuição intelectual, sabe? É como ler panfleto de consultório de dentista popular, ou anúncio de clínica de estética sobre limpeza de pele...

Eu que acabo de terminar um Saramago – memorial do convento – tive o desprazer de ler 20 páginas de “ Lua Nova” da queridíssima Stephanie Meyer. Não o usei como papel higiênico temendo alienar meu pobre cu. Mas comparar Saramago com a deturpadora das histórias vampirescas é como comparar Restart a Tom Jobim, convenhamos.

Sim, a juventude tem lido Mais, li uma pesquisa sobre, esses dias. A juventude tem coonsumido mais Merda que sanitário de buteco de quinta.

Vanessa Daiany